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Estudo realizado na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) confirmou a circulação do vírus mayaro (MAYV) entre humanos em Roraima. O vírus, transmitido por mosquitos silvestres, provoca a febre do mayaro, doença com sintomas semelhantes aos da dengue e do chikungunya. A descoberta sobre a circulação entre pessoas, inclusive na zona urbana de Roraima, acende um alerta para a possibilidade de disseminação pelo país.

O Conselho Federal de Farmácia (CFF) alerta farmacêuticos que fiquem atentos aos casos suspeitos e encaminhem os pacientes aos serviços de saúde. “O MAYV causa febre aguda (entre 39 e 40°C), com sinais e sintomas semelhantes aos da dengue e Chikungunya, acompanhada de dor de cabeça, artralgia, mialgia, edemas articulares, calafrios, dor nos olhos, mal-estar, erupção cutânea (exantema), vômitos e diarreia”, explica José Luiz Vieira, coordenador do Grupo de Trabalho sobre Doenças Tropicais e Negligenciadas do CFF. Os achados clínicos-epidemiológicos e laboratoriais são fundamentais para identificação diagnóstica. 

Isolado pela primeira vez na República de Trinidad e Tobago na América Central, na cidade de Mayaro em 1954, e descrito pela primeira vez no Brasil, próximo a Belém-PA em 1955, o vírus foi responsável por mais de 500 mil casos no Brasil desde então. A transmissão ocorre principalmente através da picada de mosquitos dos gêneros Haemagogus e Aedes, sendo o Haemagogus janthinomys considerado o vetor principal, com hábitos diurnos.

A atuação do farmacêutico no cuidado as Doenças Tropicais e/ou Negligenciadas está regulamentada por meio da Resolução do CFF de Farmácia nº 747, de 2023. De acordo com a norma, o profissional deverá cooperar para adoção de políticas públicas efetivas para prevenção, controle e eliminação de agravos de saúde pública, conforme os princípios da Saúde única, além de prestar todos os serviços da assistência farmacêutica/farmácia clínica voltados ao paciente.