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Nesse período em que vivemos em situação de pandemia, as pessoas que dependem de medicamentos da rede pública têm enfrentado alguns desafios para conseguir manter o tratamento. Primeiro, com o medo de procurar a unidade de saúde para realizar nova consulta e renovar as receitas. Depois, pela necessidade de comparecer novamente à farmácia para adquirir a medicação. Pensando nestes pacientes, uma equipe de farmacêuticos de São José dos Pinhais, Paraná, implementou o Programa Medicamento na Hora Certa, que atende aos pacientes de forma agendada, utilizando meios digitais. Vendo o sucesso da iniciativa, a farmacêutica e coordenadora do Núcleo de Telessaúde de São José dos Pinhais, Scheila Maria Graczyk Takayasu, enviou o relato Programa Medicamento na Hora Certa: uma estratégia para dispensação em tempos de pandemia para ser publicado na sétima edição da revista Experiências Exitosas de Farmacêuticos no SUS, do Conselho Federal de Farmácia.

Entre abril e dezembro de 2021, o núcleo de agendamento contabilizou 12.760 atendimentos. Destes, 6.180 se tornaram agendamentos e restante das demandas foram para esclarecer dúvidas que levariam usuários até as Unidades de Saúde e que puderam ser resolvidas por meio de mensagens enviadas por celular. A farmacêutica Kelly Cristina da Luz Pedroso, atua no Programa Medicamento na Hora Certa, como responsável técnica, desde outubro de 2021. Ela reforça que, em um momento de pandemia, onde foi necessário o distanciamento, o programa só veio agregar. “Além do benefício em saúde pública, pois evitou a aglomeração de maneira muito eficiente, ele veio otimizar o tempo do usuário e do profissional farmacêutico, que pode separar a medicação do paciente com antecedência, em momentos mais tranquilos durante o dia”, explica.

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As farmacêuticas Kelly Cristina da Luz Pedroso e Adriane Machado Fagundes Ruas atuam no Programa Medicamento na Hora Certa

A farmacêutica diz, ainda, que por se tratar de um projeto inovador e com grande impacto no atendimento ao usuário, era um desejo pessoal fazer parte da equipe. “Atualmente me sinto realizada profissionalmente e percebo a diferença que esse projeto faz para o município e os usuários, principalmente”. Ela explica que entre os atendimentos realizados que não geraram agendamento, as principais dúvidas foram com relação à data de retirada do medicamento, se ele era fornecido pelo município, dúvidas sobre consulta médica e sobre vacinação. “Além disso, fizemos filtragem nas receitas (prescrição pela DCB, validade, campos de preenchimento obrigatórios) e seguimos trabalhando na divulgação e ampliação do programa, para atender um número cada vez maior de usuários”, afirma.

Já para a outra integrante da equipe, Adriane Machado Fagundes Ruas, que trabalha em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) referência para mais seis unidades rurais de pequeno porte que não possui farmacêutico, diz que o programa auxiliou muito o trabalho. “Atendemos aqui pacientes que vêm de quilômetros de distância para retirar seus medicamentos psicotrópicos, insulinas e seus insumos, etc. Com o atendimento digital, o paciente envia uma mensagem para a central do programa, com fotos dos documentos e prescrição média, e é agendado o dia e horário para a retirada. Dessa forma, consigo separar os medicamentos desse paciente um dia antes, com mais tranquilidade e também consigo fazer uma análise mais criteriosa na prescrição e, quando este paciente chega, posso oferecer uma atenção especial”, pontua. Adriane lembra que pacientes com diabetes mellitus (DM) requerem maior ajuda do farmacêutico para melhor apoio ao seu autocuidado.

O sucesso da iniciativa foi tanto que o Programa Medicamento na Hora Certa tem recebido muitos elogios por meio da ouvidoria da Secretaria Municipal de Saúde. A coordenadora do projeto Scheila Maria Graczyk Takayasu, enviou alguns deles:

Paciente: Cleia Caldas
"Este novo sistema de pegar os remédios, por agendamento, foi muito bom mesmo, ficou bem prático pois podemos pegar depois do trabalho, estão de parabéns."

Paciente: Alessandra Liceski Schules
“Já utilizei por duas vezes e estou muito satisfeita. Foi um grande feito e conquista terem tido essa ideia, ainda mais no momento de pandemia que estamos passando. Agiliza muito o atendimento. Maravilhoso, muito bom.

Paciente: Izalete Blanco da Silva de Oliveira
"Agradeço pelo atendimento que tenho tido até hoje, pego medicação pra minha mãe e meu irmão.Sempre fui muito bem atendida pelo Medicamento na Hora Certa no agendamento e no atendimento. Devemos agradecer pois quando é pra reclamar, a maioria reclama."

Paciente: Pedro Paulo Guedes
"Gostaria de parabenizar este programa de retirada de medicamentos agendado... Facilitou muito e o atendimento desde o contato por mensagem até a retirada é excelente. Parabéns a todos envolvidos."

O conselheiro federal de Farmácia do estado do Paraná e secretário-geral do CFF, Gustavo Pires, elogia a iniciativa. "Ver esse trabalho excepcional da equipe de farmacêuticos, que beneficia diversos pacientes e é muito bem visto pela sociedade, nos traz grande satisfação. Mostra que estamos no caminho certo e que devemos divulgar esses casos de sucesso".

Leia o relato completo na revista Experiências Exitosas de Farmacêuticos no SUS.

 

O Ministério da Saúde (MS), através da Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde (SCTIE), publicaram nos dias 11 e 14 de fevereiro, respectivamente, no Diário Oficial da União, as portarias no 10 e 11 de 2022, que incorporam o alfarurioctocogue pegol e o alfadamoctocogue pegol ao tratamento de pacientes com hemofilia A no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

As incorporações ocorrem após subsídios adicionais obtidos por meio das consultas e audiência públicas realizadas pelo Ministério da Saúde em 2021.

A hemofilia é uma doença hereditária que se caracteriza pela deficiência na coagulação do sangue, fazendo com que o paciente tenha dificuldade para estancar sangramentos. Ambos os medicamentos incluídos no SUS impactam diretamente na rotina do tratamento, diminuindo a frequência das intervenções endovenosas necessárias.

As portarias também esclarecem que as incorporações poderão ser submetidas a novo processo de avaliação pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), caso sejam apresentados fatos novos que possam alterar os resultados das análises efetuadas.

Confira as Portaria SCTIE/MS no 10 e 11/2022 clicando aqui.

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Somente nas farmácias foram feitos cerca de 12 milhões de testes de Covid-19 desde o início da pandemia. Eles também estão em cerca de 10 mil laboratórios clínicos.

 

É possível que um dos exames que você realizou no último ano tenha sido feito por um farmacêutico, e foi ele o responsável pela fabricação daquele medicamento que amenizou a dor do filho doente e da vacina que foi primordial neste momento. Pode ser que um farmacêutico tenha, inclusive, aplicado uma das doses da vacina contra a Covid-19.

“Isso porque os farmacêuticos estão presentes em todo o ciclo da saúde, da prevenção das doenças até o fim do tratamento. São dez grandes áreas de atuação e mais de 130 especialidades. Todas objetivando a qualidade de vida e o bem-estar”, disse a presidente do CRF/RR, Bianca Crispim.

Farmacêuticos estão na linha de frente das pesquisas das vacinas e de outros medicamentos e produtos para o suporte no atendimento aos pacientes. Ele é o único que participa de todas as etapas da cadeia dos medicamentos, e algumas delas somente podem ocorrer sob a supervisão técnica.

A responsabilidade técnica pela produção das vacinas e de outros medicamentos é função privativa do farmacêutico. Ele é o profissional encarregado de supervisionar, inspecionar e acompanhar todas as etapas de fabricação de medicamentos, monitorando o cumprimento das boas práticas de fabricação para identificar e eliminar fatores que possam afetar a qualidade dos produtos, com o propósito de garantir a documentação adequada e os registros dos sistemas da qualidade.

Sem a participação do farmacêutico, a fabricação das vacinas contra a Covid-19 e outras doenças não poderia ocorrer. Ele é fundamental para que os imunizantes cheguem aos brasileiros com as especificações mínimas necessárias para garantir a segurança e a eficácia.

Para o conselheiro federal de farmácia por Roraima, Adônis Mota, toda a responsabilidade desses profissionais deve ser apoiada com condições de trabalho adequadas.

“É um direito básico dos farmacêuticos a garantia do trabalho saudável, que não gere adoecimento ou estresse, já que as atividades interferem diretamente na saúde da população”, ressaltou Motta.

Motta também defende o apoio do legislativo às causas da Farmácia juntamente com outros conselheiros do Brasil. Para ele, ajudar a divulgar o trabalho e a importância do profissional à saúde, apoiar os projetos de lei que podem garantir remuneração justa, jornada e condições de trabalho compatíveis, respeito à autoridade técnica, são essenciais, o que reflete diretamente na qualidade de atendimento da sociedade.

Para mais informações acesse http://valorizeofarmaceutico.cff.org.b