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Em audiência pública realizada pela Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados, na última terça-feira, 27, foi discutida a proposta (PL nº 9482/18) de liberação da venda, de MIPs em supermercados, similares e congêneres. A mesa direcionou para rejeição da proposta.

O entendimento da maioria dos participantes foi que os medicamentos não são produtos que devem ter acesso direto sem passar pelo profissional farmacêutico, mesmo os Isentos de Prescrição (MIPs), pois requer cautela e podem ocasionar graves os riscos à saúde pública e os prejuízos ao sistema de saúde.

Na discussão, representantes de todos os segmentos envolvidos na questão, o presidente do conselho, Walter da Silva Jorge João, defendeu a ideia de que, o país não pode retroagir. Foi um grande avanço a aprovação da Lei nº 13.021/14, que reiterou a obrigatoriedade da dispensação do medicamento apenas sob a responsabilidade técnica do farmacêutico e nivelou as farmácias ao status de estabelecimentos de saúde.

“Somente tenho a enaltecer o deputado Juscelino Filho, relator do projeto, pela condução isenta da audiência, e dizer que depositamos toda a nossa confiança na comissão. Como defensora da seguridade social e da família, acreditamos que ela não permitirá que esse projeto de lei prospere, em nome do mais sagrado direito dos cidadãos, que é o direito à saúde”.

Andrea Takara, do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), destacou pontos falhos do projeto sob o aspecto sanitário. “O PL não menciona nenhum pré-requisito de controle de qualidade ou sanitário para os supermercados que pretendem comercializar os MIPs, enquanto as farmácias e drogarias estão sujeitas a licenciamento específicos e possuem responsável técnico durante todo o período de funcionamento”, destacou.

Para o presidente do CRF/RR, Adônis Motta, discutir o assunto e lutar contra define o pensamento dos farmacêuticos em todo o Brasil. “Formos representados pelo CFF na mesa. Queremos deixar claro que o que defendemos é para o bem da população. Os números provam que nossa preocupação é legitima e merece destaque”, disse Motta.

 

Dados do prejuízo à saúde

O farmacêutico Cassyano Correr demonstrou, a partir dos resultados de várias pesquisas, que faz parte da cultura do brasileiro o hábito de se automedicar. O Brasil está no topo do ranking da automedicação no mundo, com um índice de 35% da população. Ele também apresentou informações consistentes de que esse hábito tem resultados desastrosos sobre a saúde de muita gente e também sobre os cofres públicos. “Nos últimos anos, o Brasil perdeu mais de 30 mil leitos no SUS. E temos hoje cerca de 43,7 mil leitos ocupados por dia, no ano todo, com pessoas que foram internadas por mau uso de medicamentos a partir dos prontos-socorros. E quando falo em internação hospitalar é preciso ir além do leito ocupado e considerar todos os custos envolvidos numa internação.”

Quem não quer ver o filho na escola e aprendendo com qualidade? Essa também é uma preocupação do Conselho Regional de Farmácia de Roraima (CRF/RR) que vislumbrando o aprendizado e valorização da categoria firmou convênio com duas instituições de ensino em Boa Vista. Uma delas é o Instituto Batista de Roraima (IBR) e a outra, a Escola Adventista de Boa Vista, ambas oferecem descontos de 15% e 20% respectivamente.

Para usufruir do benefício é preciso ser profissional de farmácia ou técnico em laboratório, estar em dia com as obrigações de anuidade e cadastro no Conselho. É preciso também solicitar do CRF/RR certidão que comprove a adimplência do profissional. O documento deverá ser apresentado na hora da matrícula do aluno na instituição de ensino escolhida.

Vale ressaltar que para o ensino do primeiro ano maternal não há descontos, apenas para as demais séries. O presidente do CRF/RR, Adônis Motta Cavalcante, destacou que a Instituição tem buscado meios para valorizar e reconhecer o profissional. Para ele, investir na educação dos filhos reforça a preocupação do Conselho e contribui para a melhoria de vida.

“A gestão está sempre em busca de melhorias. Quanto mais avançamos nas questões profissionais, mais percebemos que nossas vidas estão interligadas com o lado familiar, profissional e de relacionamentos. Um convênio como esse é mais uma ação das prioridades que temos no CRF/RR. Outras parcerias certamente serão firmadas brevemente”, disse Motta.

Para mais informações sobre o convênio no telefone 3224-2957 e 99162-9061, horário comercial, respeitando o atendimento externo que será suspenso entre 5 e 7 de dezembro quando os colaboradores estarão em treinamento.

 O farmacêutico Henry
O farmacêutico Henry Suzuki palestrante sobre Inovação Farmacêutica

 

O setor farmacêutico é um dos que mais inova. Fabricantes e pesquisadores estão sempre em busca de novidades de medicamentos e produtos que possam melhorar ou facilitar tratamentos ou até mesmo curar doenças. Como lembra o farmacêutico Henry Suzuki, embora a farmácia seja uma ciência milenar, é hoje um dos ramos onde ocorre o maior volume de inovações para o mercado.

“Quando a gente fala de tratamento de câncer por exemplo. Hoje com a evolução das ciências farmacêuticas e médicas nós temos tratamento inovadores. Anticorpos monoclonais que eram desconhecidos até praticamente o final do milênio passado hoje são uma realidade. Formulações nanoparticuladas, inclusive, com grande destaque de pesquisa e produtos aqui no Brasil”, disse Henry.

Para quem aposta em pesquisa ou inova neste setor é preciso ficar atento. O mercado competitivo exige cautela em relação à propriedade intelectual.

“Não basta inventar. Inventar é um passo. Pra você inovar você tem que levar aquela invenção para o mercado. E esse é o grande desafio que nós temos. Propriedade Intelectual é muito importante. Caso contrário você pode investir em toda parte de maior risco, que é a base na inovação, depois vem uma empresa americana e chinesa te copiando. Então proteção intelectual: patentes, marcas, desenhos industriais, segredos industriais e tantas outras formas são mecanismos importantes neste contexto”, completou.

Henry Suzuki foi palestrante sobre Inovação e Propriedade Intelectual em evento promovido pela Academia Brasileira de Ciências Farmacêuticas em Roraima. O encontro teve o apoio dos Conselhos Regional e Federal de Farmácia e contou com homenagens a oito personalidades que se destacaram com inovações no Estado.