A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou nova nota técnica, com orientações que objetivam minimizar os riscos de exposição ao novo coronavírus (covid-19) para as equipes de profissionais que trabalham nas farmácias e drogarias e aos clientes, a partir da adoção de princípios de prevenção e controle de infecções e distanciamento social enquanto durar a pandemia.
De acordo com o documento, divulgado nessa segunda-feira (11), as farmácias e drogarias são estabelecimentos que realizam atividades essenciais durante a pandemia e, por isso, é fundamental que cumpram medidas relacionadas ao enfrentamento da disseminação da covid-19.
Conforme a nota da Anvisa, as farmácias e drogarias, entre outras medidas, devem estabelecer barreiras, preferencialmente físicas, entre funcionários e usuários, como também entre os próprios usuários.
Recomenda-se ainda que o distanciamento seja de no mínimo 1 metro entre elas; e limitar o número de pessoas no interior do estabelecimento para evitar aglomeração no balcão de atendimento ou nas áreas de pagamento.
No Dia Internacional do Farmacêutico, 25/09, o CFF convida a população a agradecer a esses profissionais, que desde o início estiveram na linha de frente do combate à pandemia
A Covid-19 impôs um dos maiores desafios à saúde pública do planeta nos últimos tempos! O novo coronavírus espalhou, além da doença, a insegurança, a desinformação e o medo. Mas desde o início da pandemia, uma categoria profissional está lado a lado da população, garantindo, em 135 diferentes áreas de atuação, prevenção, cuidado, suprimento de produtos para a saúde, diagnóstico e apoio ao tratamento, além de contribuir nas pesquisas da vacina e da cura. Esses profissionais da saúde são os farmacêuticos.
Para agradecê-los, o Conselho Federal de Farmácia (CFF) e conselhos regionais deflagram, na sexta-feira, 25 de setembro, mais uma campanha em comemoração ao Dia Internacional do Farmacêutico. O slogan desse ano é “Farmacêuticos são essenciais. E merecem nosso reconhecimento.” A ação contempla a veiculação de material publicitário nas redes sociais, na TV aberta (veja o cronograma abaixo) e no portal G1. Durante os próximos quatro meses será mostrado, em reportagens divulgadas no portal, como os farmacêuticos contribuíram e estão contribuindo com a saúde nessa emergência de saúde pública.
Exemplos que podem ter passado despercebidos, mas que espelham a dedicação e o empenho dessa categoria profissional, estão espalhados por todo o país. Ao ser decretada a pandemia, quando a comunidade científica ainda buscava conhecer com maior profundidade as formas de contágio pelo novo coronavírus, e a sociedade se isolava em casa, os farmacêuticos das cerca de 90 mil farmácias brasileiras, se colocaram a postos para garantir o atendimento aos usuários de medicamentos.
O mesmo ocorreu com os farmacêuticos dos laboratórios de análises clínicas, que, por meio de resultados de exames, apoiam cerca de 70% das decisões clínicas. São dez mil laboratórios de análises clínicas de propriedade de farmacêuticos no Brasil. Assim como as farmácias, esses estabelecimentos nunca fecharam as portas!
Os farmacêuticos também têm atuado nos hospitais, colocando sua expertise a serviço dos pacientes e da segurança dos trabalhadores dessas unidades de saúde. No Sírio Libanês, em São Paulo, farmacêuticos clínicos promoveram ajustes nos protocolos terapêuticos, e conseguiram reduzir em 30% o número de entradas nas unidades de terapia intensiva (UTIs), o que diminuiu a utilização de equipamentos de proteção individual (EPIs). A coordenadora do setor, Lívia Barbosa, explica que foi observada a evolução padrão dos pacientes para criar um procedimento que protegesse os profissionais e garantisse o material para os membros da equipe indispensáveis nas unidades. Para saber mais acesse https://bit.ly/3kDUcKv.
Os farmacêuticos contribuíram ainda no desenvolvimento de novas tecnologias para a assistência aos doentes de Covid-19. Para ajudar a contornar a crise gerada pela falta de respiradores no mercado, a startup em que o farmacêutico Ricardo Ferreira Nantes é presidente desenvolveu, em um tempo recorde de menos de três meses, o Equipamento de Suporte Respiratório Emergencial e Transitório. A ferramenta é mais barata e utiliza uma tecnologia alternativa. Para saber mais acesse - https://bit.ly/3hFUxdA.
Outro exemplo é um sistema inteligente desenvolvido no Rio Grande do Sul, que auxilia o farmacêutico clínico durante a avaliação do paciente no ambiente hospitalar. Desenvolvida por uma equipe liderada pela farmacêutica Ana Helena Ulbrich, diretora do Instituto de Inteligência Artificial, o sistema cria uma barreira para evitar que o dano de um erro de prescrição chegue ao paciente. Assim, é possível dar maior atenção às prescrições com maior risco de erro, o que aumenta a segurança. Para saber mais acesse https://bit.ly/2ZM7Enq.
“Sabemos qual nosso papel social. Acreditamos no trabalho de orientar, acompanhar e mostrar novas tecnologias relacionadas à medicação. Estamos sempre alertas para aumentar a segurança dos pacientes e pessoas que precisam da gente. Na pandemia, a sociedade entendeu que os profissionais de saúde que estão na linha de frente têm grande relevância ao combate de inúmeras doenças. O mais importante nisso tudo é a valorização da vida e da nossa profissão”, destacou o farmacêutico e presidente do Conselho Regional de Farmácia de Roraima (CRF/RR), Adônis Motta.
De acordo com a Portaria nº 467 do Ministério da Saúde, publicada em março, a Receita Digital gerou dúvidas para médicos, farmacêuticos e a população que, agora, passa a usar o documento em plena pandemia.
Uma realidade sem volta e a adoção de novos recursos tecnológicos para combater o Coronavírus. Antigamente visitar o médico era passar pela consulta agendada no exame presencial. Agora a pandemia impôs regras, isso porque as consultas médicas pela internet cresceram e as prescrições online passaram a ser mais utilizadas. Com isso, novos procedimentos foram necessários com a inovação da Receita Digital que pode ser enviada em arquivo PDF aos pacientes e às farmácias.
Mas para validar a receita digital o médico deve ter certificado digital credenciado pela ICP-Brasil (Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira) e o farmacêutico precisa apenas acessar o ITI (Instituto Nacional de Tecnologia da Informação), por meio de convênio firmado pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF), para certificar a assinatura do médico e informar a dispensação dos medicamentos, validar a prescrição e, só depois disso, efetivar a venda do medicamento, segundo o que dispõe a Portaria nº 467 do Ministério da Saúde, publicada em 20 de março de 2020.
O conselheiro federal de farmácia suplente, Eduardo Marreiros, explicou os procedimentos de aceitação da receita digital quando esta chega nos estabelecimentos.
“Todos os farmacêuticos estão preparados para esse momento. Após a consulta, o paciente recebe a receita digital e vai encaminhá-la ao farmacêutico, daí o farmacêutico, ao receber essa receita, que pode ser por meios eletrônico, e-mail, aplicativo de mensagens ou até por SMS, vai ao site validador e confere a assinatura digital do médico. Na sequência, ele valida a receita e vai também observar se a prescrição vai atender todas as normas sanitárias”, disse.
Na prática , além da prescrição do médico, a receita deve ter a assinatura digital, logo envia pela internet ao paciente, mas a receita deve conter a chave de acesso embutida para verificação da autenticidade e pode ser aceita mesmo que for para antibióticos e medicamentos prescritos em receituário de controle especial.
A assinatura digital é feita diretamente no documento eletrônico e a autenticidade pode ser confirmada por meio de processo de certificação fornecido pelo ISEP Brasil (Desenvolvimento e Validação de Indicadores de Boas Práticas de Segurança do Paciente).
Medicamentos controlados - No caso de medicamentos controlados, os procedimentos ganham cuidados regulamentados pelo SNGPC (Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados) e as prescrições digitais precisam também estar de acordo com as exigências previstas na legislação sanitária e a dispensação de medicamentos controlados, devem ser sempre escrituradas no Sistema.
Como as notificações de receitas devem vir em talonário específico para cada substância a possibilidade de assinatura digital não se aplica às notificações de receita.
“Se for medicamentos sujeitos a controle especial ele vai imprimir uma cópia fazer as anotações exigidas pela lei vai arquivar as duas receitas tanto digital quanto a impressa e fazer o lançamento do SNGPC”, disse Marreiros.
Marreiros explicou ainda que após realizar as anotações exigidas para a receita normal de papel, logo após, o farmacêutico arquiva a receita digital impressa e lança os dados no SNGPC. “A receita Digital está autorizada no Brasil para todos os medicamentos inclusive os medicamentos que são sujeitos a controle especial, a exceção são aqueles medicamentos que precisam da notificação da receita, esses continuam ainda necessitando da apresentação do papel na farmácia para que possa ser dispensada”, explicou.
Cuidado com as cópias escaneadas - Receitas escaneadas não são eletrônicas, pois é a cópia da receita emitida manualmente, fotocopiada, nessa nesse caso essa última não pode ser aceita para a dispensação de medicamentos controlados é antimicrobiano de acordo com as normas.